Duetto faz parte da Xerjoff coleção/linha Sospiro.
Embora perfumes com rosa e Oud e suas nuances estão saturados, a proposta de Duetto é extremamente sólida,requintada e está patamares acima ,até mesmo na perfumaria de Nicho.
O que faz Duetto se destacar é a alta qualidade dos elementos empregados, e a construção riquíssima dos acordes e suas evoluções.
É importante trazer a baila seu belo desempenho.
A medida que Duetto flagela a pele,algo lícoroso nos conquista ,como se rosas fossem mergulhadas em maltes ou bebidas finas ,um esplendor de luz aparece ,é o ylang ylang anunciando sua chegada.
A medida que o tempo passa ,através das pétalas da flor está o Oud,aqui ele só serve de base ou apoio,notas canforadas atingem o ápice e refrescam a soma citada,agora já é terroso levemente canforado,rosáceo.
Nesse momento me recordo de outros perfumes da casa como rickwood e o belo Fars.
O cheiro é rico e caro.
A proposta ou conceito é bem bem realista,expressando paulatinamente o glamour das noites de ópera.
Na secagem as rosas se distanciam e fica levemente floral nas pontas e outros elementos brincam entre si,agora é a vez de madeiras e sândalo,leves toque de incenso como se fosse um guardião clamando a sua chegada em um jardim secreto.
A imagem é uma bela Rosa recoberta de neve nos jardins da Europa.
Abaunilha chega,e o toque Chipre do musgo de Carvalho se acentua.
O aroma já é levemente esfumaçado,abaunilhado com Ricas nuances amadeiradas.
Ao fim se despede mergulhado no ambar,doce com nuvens amadeiradas leves.
Obra de arte
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